sexta-feira, 28 de maio de 2010

Às vezes,
sentava-me na rede,
balançando-me
com o livro
aberto no colo,
sem tocá-lo,
em êxtase puríssimo.


Não era mais
uma menina
com um livro:
era uma mulher
com seu amante.

Clarisse Lispector

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Minha revolta contra a saúde pública

Eu poderia estar falando sobre o livro bom que acabei de ler, poderia estar escrevendo um artigo com outro tema mais digerível para poder brindar a minha volta ao blog ou poderia estar simplesmente com o computador desligado e deitada em minha cama descansando que é o que tenho merecido, mas esse assunto específico tem me agredido, e sinto necessidade de expor.
Estou morta de vergonha da minha nação.
Não posso acreditar em tanto descaso. E não é de hoje, é de sempre.
Não ocorreu nenhum fato novo, nenhum escândalo novo, nenhuma notícia indignante nova, simplesmente juntou todos os antigos na minha cabeça, e agora eles ficam aqui martelando.
Leitor, responda sinceramente, você já dependeu alguma vez na sua vida de um posto médico público?
Se não, dê graças eternas, e peça com todas as suas forças para nunca vir a precisar.
Se sim, você entende o que eu digo.
Triste, é a palavra!
Ser tratado como o cocô do cavalo do bandido.
Sem direito a explicar, sem direito a entender, sem direito a opinar, pedir então, nem precisa cogitar.
Você entra com dor na unha do dedão do pé esquerdo e sai do consultório com uma cartela de remédios para o estômago.
No que aqueles “doutores” afinal são formados? Passa perto de veterinária?
Você não é digno de um olhar. É essa a verdade, eles nem sequer se dão ao trabalho de levantar o queixo e te encarar.
Dá vontade de agradecer ao Favor que eles prestaram. Porque deve ser favor não é? Eles atendem de graça, não é verdade? São voluntários. Almas abençoadas e caridosas que se prestam a nos “examinar” sem receber um tostão.
E nos tratam apenas como os completos ignorantes que nós verdadeiramente somos. Pra você ver, nem temos um diploma bonito de medicina que nem o deles. Como poderia passar pelas nossas cabeças querer saber o nosso diagnóstico. Se eles falaram para colocar todos aqueles comprimidinhos coloridos goela abaixo, é porque é o melhor pra gente. E quanto aos exames? Quem precisa deles? Se só de bater os olhos clínicos super sônicos em nós eles já percebem tudo. Exame é luxo, mimo de ricos.
E claro, estamos colocando em cheque apenas o tratamento que é dado a um paciente comum com um problema comum em um consultório popular.
Analisar um hospital público, com todas as mortes por falta de atendimento adequado, por erros médicos, analisar o quanto os idosos sofrem sentados no chão á espera de um atendimento medíocre, analisar a questão da infra-estrutura precária, ou quem dirá da higiene desses ambientes. É demais pra mim.
Até porque já não me iludo mais, eu, ou qualquer outro cidadão que paga seus impostos e como paga e só tem o direito de gritar algum socorro que nem sequer é ouvido.
Já sei que não adianta mais nada, que tudo o que fazemos é em vão.
Que essas palavras aqui escritas, aqui ficarão, pois infelizmente sou só mais uma revoltada de mãos atadas.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Correndo contra o tempo!!!



Agradeço aos meus loucos visitantes pelas visitas constantes, mas esses dias eu “Tô correndo contra o tempo e agora não posso parar.”
Trabalhos, faculdade, serviços, obrigações e mais trabalhos..
Graças a Deus não deve passar de 2 semanas. Mas por enquanto vou ter que ficar assim: por conta!
Voltarei o mais breve possível...
Não me esqueçam heim?!
See you later!

domingo, 25 de abril de 2010

Só descobrimos

É incrível como quanto mais a gente envelhece, mais vemos o quanto éramos inexperientes ou imaturos a tão pouco tempo atrás, como: Quando tinha 15 anos e me achava A adulta, lembrava e ria de como eu era boba quando tinha 12 ou 13 anos. Pouco tempo depois aos 17 lembrava com raiva das infantilidades e bobeiras que havia cometido aos 15. Com 20 já não queria nem lembrar do quanto era criança aos 17 anos, e queria poder voltar áqueles acontecimentos passados com a experiência que eu achava que tinha nesse momento. Com 22 vi o quanto aprendi e o quanto não sabia nada da vida aos 20. Hoje aos 24 anos vejo que aos 22 eu ainda continuava a mesma criança de sempre com apenas alguns calos a mais. Será que isso nunca irá chegar ao fim??
Não existe essa de que a experiência te torna imune, porque os fatos não se repetem. Os problemas mudam, e você sempre será novato da próxima fase. Quando você acha que já viu de tudo (fuuuuuch), se abre mais um leque de coisas inéditas.
Com a idade que possuo obviamente deixaria de fazer algumas coisas feitas no passado porque aprendi. Mas e as minhas atitudes de hoje?? Será que no futuro não vou olhar pra trás e ver que faria outras escolhas, que agiria diferente?? Claro que vou, só que hoje não me ocorre mais opções. Coisa complicada né?
Mas pra viver não existe manual, e esta é a grande atração da vida, sem roteiros, sem scripts. Não adianta os conselhos tão bem intencionados, de pessoas que já tiveram a experiência e já aprenderam com ela. Temos que ver com nossos próprios olhos e sentir com a nossa própria pele. Experiências alheias são só casos para nós, são só exemplos e não regras. Pois conhecimento só se obtém vivendo.
Só aprendemos que não podemos voar nos deixando cair de um salto do sofá, só aprendemos que não podemos andar descalços quando furamos o pé no prego, só aprendemos que não estamos sofrendo por amor, quando descobrimos que amar não é aquilo, é algo bem maior, só aprendemos que estudar enquanto é tempo vale a pena, quando esse tempo já passou, quando já pulamos o muro da escola e pensamos que o mundo lá fora era bem mais interessante, só descobrimos que somos tudo no mundo para os nossos pais, quando temos os nossos filhos, só descobrimos...


Uma poesia legal:
                              O avanço do ser
O saber é a grandeza do ser
É a atitude a ser
Os pensamentos que lhe cercam
As lembranças que lhe vem
O saber é o diamante do homem
A beleza da mulher
Não precisamos saber tudo
Mas precisamos aprender
Temos sempre que crescer
Não apenas ler e escrever
Saber fazer, falar, pensar.
Já que existe o saber
Temos que nos integrar
Evoluir na velocidade da tecnologia
Pois isso faz parte do nosso dia-a-dia
Não é uma mitologia
É o avanço do ser
Que nasce, cresce...
E morre sem saber!
                             Thiago Bessa

sábado, 24 de abril de 2010

Livro: Bom de Cama

Bom de Cama
Autor: Weiner, Jennifer
Editora: Leganto
Categoria: Literatura Estrangeira / Romance

Sinopse
Cannie Shapiro nunca quis ser famosa. A repórter especializada em cultura pop, inteligente, mordaz e de tamanho avantajado estava perfeitamente satisfeita em escrever sobra a vida de outras pessoas nas páginas do Philadelphia Examiner. Mas no dia em que abre uma revista feminina de circulação em âmbito nacional e descobre que seu ex namorado anda escrevendo crônicas sobre as experiências sexuais que tiveram juntos, sua vida muda para sempre. Escrito com garra, humor agridoce, repleto de tiradas espirituosas e surpresas emocionantes, este é a primeiro romance da autora.


Bom pra quem deseja algumas horinhas de humor. Um pedacinho: “A principio, meus olhos não conseguiram atinar com o que estava escrito. Mas logo as letras se desembaralharam. “Amando uma Mulher Avantajada”, dizia a manchete, “de Bruce Guberman”. Bruce tinha sido meu namorado durante pouco mais de três anos, até alguns meses atrás, quando resolvemos dar um tempo. E a Mulher Avantajada eu não pude achar que fosse outra além de mim mesma...” “... -Amar uma mulher avantajada é um ato de coragem em nosso mundo, escreveu Bruce. E Cannie – que nunca soube que Bruce a via como uma mulher assim, ou achasse que amá-la era um ato de coragem – mergulha na tristeza e no ano mais impressionante de sua vida.”
O livro te remete áquela sensação de ser compreendida, sabe?! No seu íntimo de mulher, na sua alma feminina e cositas do gênero, sendo “avantajada” ou não.
Distante de ser um dos melhores que já li, mas Jennifer está ótima em sua estréia, achei que além de informativo e solidário o livro foi super bem elaborado e escrito.

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quarta-feira, 21 de abril de 2010

Livro: A Cabana

A Cabana
Autor: Young, William P.
Editora: Sextante
Categoria: Literatura Estrangeira / Romance

Sinopse
A filha mais nova de Mackenzie Allen Philip foi raptada durante as férias em família e há evidências de que ela foi brutalmente assassinada e abandonada numa cabana. Quatro anos mais tarde, Mack recebe uma nota suspeita, aparentemente vinda de Deus, convidando-o para voltar àquela cabana para passar o fim de semana. Ignorando alertas de que poderia ser uma cilada, ele segue numa tarde de inverno e volta ao cenário de seu pior pesadelo. O que encontra lá muda sua vida para sempre. Num mundo em que religião parece tornar-se irrelevante, "A Cabana" invoca a pergunta: "Se Deus é tão poderoso e tão cheio de amor, por que não faz nada para amenizar a dor e o sofrimento do mundo?" As respostas encontradas por Mack surpreenderão você e, provavelmente, o transformarão tanto quanto ele.





Não se trata de fé, esse livro é surpreendente e tem tudo para mexer profundamente com qualquer pessoa. Mas já que fé foi mencionada, se você a tiver, sorte a sua, leia, será uma bela oração, mas se não a tiver, leia, é um ótimo livro.
Vai muito além de religião, não há nada para converter ninguém, se existir esse receio. É brilhantemente escrito e tem uma intensidade que não te deixará querer parar de ler.

Download em breve!

Será que estamos sozinhos??


       Um dia desses, voltando de moto da faculdade, um frio cortante que impossibilitava abrir a viseira do capacete e bater um papinho com meu noivo e piloto, comecei a olhar pro céu e meditar se há vida extraterrena. (não deixem uma mulher sem ter o que fazer. Ela pira). Que viajem, mas o meu dilema foi o seguinte:
       Nós somos seres adaptáveis. O planeta terra têm aproximadamente 4,5 bilhões de anos, e já sofreu várias alterações drásticas, e nós, terrestres acompanhamos essas mudanças, evoluímos. Então porque em um universo imenso somente o planeta terra possui vida? Posso estar sendo a mais ignorante das criaturas, mas acho que sim, existe vida em outros planetas!
       Não como as pessoas desenham, um cabeçudo magrela com olhos enormes e super dotado. Não acho que sejam seres superiores capazes de viajar pelo espaço em discos voadores (quase baianos, cheio de luzes) e abduzir pessoas para seus estudos mirabolantes. Apenas que existe algum tipo de vida de seres que se adaptaram ás condições do planeta, muito quentes, muito frios e etc.
       Quem sabe nesse momento também tem algum visinho do planeta ao lado pensando se nós existimos?!?
       Quem concorda comigo levanta o dedo.

       Mais uma coisa, não sou evolucionista, por mais que isso pareça contraditório agora, mas acredito que após Deus ter criado o homem nos estamos sim em constante evolução. Também tenho ciência de que na bíblia consta que só no nosso planeta existe vida, mas o homem escreveu a bíblia, e pra mim faz pouco sentido a existência de um universo inteiro, com nove planetas (conhecidos) no sistema solar, milhões de galáxias, para um só planeta habitado.

domingo, 18 de abril de 2010

Não quero ser crítica

        A primeira de todas as verdades: tenho uma admiração profunda pelos que são capazes de realizar tal arte. Mais grandioso do que escrever uma obra de grande valor, seria ter a capacidade de uma compreensão profunda do que foi escrito por outra pessoa. Enxergar além do que transparecem as letrinhas, ultrapassar o entendimento entre que o autor escreveu e o que ele quis dizer. Definitivamente não é pra todo mundo.

        Existem os que falam o que achou de um livro e se auto-titulam críticos literários, há os que pensam que ser crítico é encontrar os defeitos e as falhas nos feitos alheiros. Pobre ilusão. Estes não possuem a mínima noção do poder que exerce os que realmente sabem o que fazem. Uma crítica com base pode redefinir uma lista de Best-sellers. É capaz de fazer uma obra alcançar a primeira posição, mas também é capaz de fazer alguma nem sequer entrar na lista, ou pior fazer com que um autor fique preso no anonimato eternamente. E o crítico segue, despertando amor e ódio por onde passa, mais ódio com certeza.

        Vai além da minha alçada. Eu admito minha incompetência. Me titulo como mera leitora opinativa. Não possuo todo aquele charme, aquele glamour, aquela racionalidade. Pra mim seria um tédio abrir um livro porque preciso ler, escrever sobre ele porque preciso opinar. Fechar um livro com a cabeça cheia, porque você sempre terá que Ter o que dizer sobre ele. Não dá aquela mesma sensação horrível de vestibular?

        Quando te obrigam a ler livros ótimos, mas pela pressão que foi colocada você nem percebe que eles são ótimos? Não consigo ler por obrigação.  A leitura tem que estar ligada ao prazer. Não consigo escrever por obrigação. O tema tem que te doar inspiração. Não sou racional o bastante, sou sentimentalista.

        Então parabenizo os críticos profissionais. Temos que dar a cara a tapa, não basta gostar do que faz, não basta gostar de ler. Não sei especificar o que é preciso, talvez um dom divino, uma paciência de Jó, uma determinação infindável... Vocação. Mas posso medir o quanto são necessários para a literatura.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Livro: Para Sempre - Os Imortais

Para Sempre - Os Imortais
Autor: Noel Alyson
Editora: Intrinseca
Categoria: Literatura Estrangeira / Romance
 

Sinopse
“Ever Bloom tinha uma vida perfeita: era uma garota popular, acabara de se tornar líder de torcida do principal time da escola e morava numa casa maravilhosa, com o pai, a mãe, uma irmãzinha e a cadela Buttercup. Nada no mundo parecia capaz de interferir em sua felicidade, o céu era o limite! Até que um desastre de automóvel transformou tudo em um pesadelo angustiante. Ever perdeu toda a sua família. Mudou de cidade, de escola, de amigos, e agora, além de todas essas transformações em sua vida, ela precisa aprender a conviver com uma realidade insuportável: após o acidente, ela adquiriu dons especiais. Ever enxerga a aura das outras pessoas, pode ouvir seus pensamentos e, com um simples toque, é capaz de conhecer a vida inteira de alguém. É insuportável. Ela foge do contato humano, esconde-se sob um capuz e não tira dos ouvidos os fones do i-pod, cujo som alto encobre o som das mentes a seu redor. Até que surge Damen. Tudo parece cessar quando ele se aproxima. Só ele consegue calar as vozes que a perturbam tão intensamente. Ever não entende o porquê disso, mas é incapaz de resistir à paz que ele lhe proporciona, à sensação de, novamente, ser uma pessoa normal. Ela não faz ideia de quem ou o quê Damen realmente é. Sua única certeza é estar cada vez mais envolvida... e apaixonada.”

Nada de vampiros, nada de fantasmas, a onda agora são os imortais. Mas nem assim a obra em questão deixa de ser um filhote, uma mistura genética com falhas entre Crepúsculo e A Mediadora. A autora Alyson Noel, nega ter se baseado ou sequer lido essas duas séries que tiveram grande repercussão, mas tudo na história de Pra Sempre emite o contrário.

Há uma mocinha (vulnerável), um mocinho (exageradamente atraente), e uma paixão “incontestável”. E o que tem de diferente soa tão proposital que não conta a favor, é um ponto contra, como se ela tivesse escrito aquilo justamente para divergir das outras.

Minha nota entre 0 e 10 é 3, ainda levando em consideração a categoria do livro, já que eu comecei a ler tendo ciência que é um romance juvenil. (que fique claro, não tenho nada contra essa categoria, ao contrário, até gosto bastante, mas não posso simplesmente pontuar com os mesmos critérios usados com um Machado de Assis e cia.).

Explicando a nota: é 3, pela exagerada semelhança com livros já existentes, pela linguagem fraca e pobre, pela falta de criatividade, e pela falta de contexto. É uma história que não se explica.

O único lado bom no meu ponto de vista é que é um livro inofensivo, e esses romancezinhos água com açúcar acabam fazendo a cabeça da garotada e incentivado assim a leitura.

Mas aqui pra nós, entre vampiros, fantasmas e imortais, fico com o Edward Cullen!

ps.: A capa ficou muito bacana.

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Stephen Kanitz: Qual é o Problema?

Vale a pena ler:

Bons administradores são aqueles que fazem as melhores perguntas, 
e não os que repetem as melhores aulas.
           Um dos maiores choques de minha vida foi na noite anterior ao meu primeiro dia de pós-graduação em administração. Havia sido um dos quatro brasileiros escolhidos naquele ano, e todos nós acreditávamos, ingenuamente, que o difícil fora ter entrado em Harvard, e que o mestrado em si seria sopa. Ledo engano.

           Tínhamos de resolver naquela noite três estudos de caso de oitenta páginas cada um. O estudo de caso era uma novidade para mim. Lá não há aulas de inauguração, na qual o professor diz quem ele é e o que ensinará durante o ano, matando assim o primeiro dia de aula. Essas informações podem ser dadas antes. Aliás, a carta em que me avisaram que fora aceito como aluno veio acompanhada de dois livros para ser lidos antes do início das aulas.

           O primeiro caso a ser resolvido naquela noite era de marketing, em que a empresa gastava boas somas em propaganda, mas as vendas caíam ano após ano. Havia comentários detalhados de cada diretor da companhia, um culpando o outro, e o caso terminava com uma análise do presidente sobre a situação.

           O caso terminava ali, e ponto final. Foi quando percebi que estava faltando algo. Algo que nunca tinha me ocorrido nos dezoito anos de estudos no Brasil. Não havia nenhuma pergunta do professor a responder. O que nós teríamos de fazer com aquele amontoado de palavras? Eu, como meus outros colegas brasileiros, esperava perguntas do tipo “Deve o presidente mudar de agência de propaganda ou demitir seu diretor de marketing?”. Afinal, estávamos todos acostumados com testes de vestibular e perguntas do tipo “Quem descobriu o Brasil?”.

           Harvard queria justamente o contrário. Queria que nós descobríssemos as perguntas que precisam ser respondidas ao longo da vida.

           Uma reviravolta e tanto. Eu estava acostumado a professores que insistiam em que decorássemos as perguntas que provavelmente iriam cair no vestibular.

           Adorei esse novo método de ensino, e quando voltei para dar aulas na Universidade de São Paulo, trinta anos atrás, acabei implantando o método de estudo de casos em minhas aulas. Para minha surpresa, a reação da classe foi a pior possível.

            “Professor, qual é a pergunta?”, perguntavam-me. E, quando eu respondia que essa era justamente a primeira pergunta a que teriam de responder, a revolta era geral: “Como vamos resolver uma questão que não foi sequer formulada?”.

           Temos um ensino no Brasil voltado para perguntas prontas e definidas, por uma razão muito simples: é mais fácil para o aluno e também para o professor. O professor é visto como um sábio, um intelectual, alguém que tem solução para tudo. E os alunos, por comodismo, querem ter as perguntas feitas, como no vestibular.

           Nossos alunos estão sendo levados a uma falsa consciência, o mito de que todas as questões do mundo já foram formuladas e solucionadas. O objetivo das aulas passa a ser apresentá-las, e a obrigação dos alunos é repeti-las na prova final.

           Em seu primeiro dia de trabalho você vai descobrir que seu patrão não lhe perguntará quem descobriu o Brasil e não lhe pagará um salário por isso no fim do mês. Nem vai lhe pedir para resolver “4/2 = ?”. Em toda a minha vida profissional nunca encontrei um quadrado perfeito, muito menos uma divisão perfeita, os números da vida sempre terminam com longas casas decimais.

           Seu patrão vai querer saber de você quais são os problemas que precisam ser resolvidos em sua área. Bons administradores são aqueles que fazem as melhores perguntas, e não os que repetem suas melhores aulas.

           Uma famosa professora de filosofia me disse recentemente que não existem mais perguntas a ser feitas, depois de Aristóteles e Platão. Talvez por isso não encontramos solução para os inúmeros problemas brasileiros de hoje. O maior erro que se pode cometer na vida é procurar soluções certas para os problemas errados.

           Em minha experiência e na da maioria das pessoas que trabalham no dia-a-dia, uma vez definido qual é o verdadeiro problema, o que não é fácil, a solução não demora muito a ser encontrada.

           Se você pretende ser útil na vida, aprenda a fazer boas perguntas mais do que sair arrogantemente ditando respostas. Se você ainda é um estudante, lembre-se de que não são as respostas que são importantes na vida, são as perguntas.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Livro: Sr Ardiloso Cortês


Sr. Ardiloso Cortês - Galera
Autor: Landy, Derek
Editora: Galera Record
Categoria: Literatura Infanto-Juvenil / Literatura Juvenil


Sinopse
        Conheça o detetive Sr. Ardiloso Cortês, um esqueleto vivo que anda, fala e atira fogo. E também Stephanie Edgley, menina de 12 anos incomum e talentosa, que tem a sorte de ter Ardiloso como protetor. Essa dupla terá de derrotar um antigo mal que está prestes a destruir a humanidade.

         “Neste primeiro volume da série assinada por Derek Landy, Ardiloso irá se unir a Stephanie, uma menina incomum e talentosa, para investigar um crime que pode ameaçar o futuro da humanidade.

        Nada de espetacular acontecia com a jovem e inteligente Stephanie, mas ela sempre se perguntou se havia algo mais… De fato tudo muda depois da morte de seu tio. Gordon Edgley era um excêntrico autor de horripilantes livros de terror, mas também um sujeito engraçado e brincalhão. Todos sabiam que Stephanie era sua sobrinha favorita, mas ninguém esperava que ela se tornasse a herdeira de grande parte de seus bens; entre eles, os direitos autorais de seus livros e sua casa, uma enorme mansão com mais mistérios que Stephanie poderia imaginar.

        A menina não demora a descobrir que o terror das histórias do tio estava longe da ficção. Depois de sua primeira noite no casarão, pessoas estranhas e perigosas começam a aparecer em busca de uma chave que ela desconhece. Mas Stephanie não está sozinha. O Sr. Ardiloso Cortês, um detetive esperto, irônico e bem-humorado, está pronto para defendê-la. Além do mais, é um esqueleto vivo que anda, fala, faz magia e solta fogo – e isso é algo que Stephanie não pode ignorar.

        Uma dupla improvável tendo que enfrentar um antigo mal que pode destruir a raça humana. O fim do mundo? Só por cima do seu cadáver.”

        Tá, eu sei que o livro é infanto-juvenil, mas é bom d-e-m-a-i-s. Leve, hilariante e estranho, motivo pelo qual me apaixonei. É daqueles que você lê porque é gostoso. Um esqueleto vivo extremamente sarcástico, uma história louca e engraçada. Então para as crianças acima dos 20 como eu, o Sr Ardiloso é uma ótima. Vale a pena se permitir essa diversão.

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sábado, 10 de abril de 2010

Leia Mais

        Um dia desses na sala de aula, meu professor de Português Instrumental me lembrou de uma campanha passada na MTV a bem tempo atrás que era: “Desligue a TV e Vá Ler um Livro.” Durante um tempo, mais ou menos uma hora por dia a emissora cortava a programação e colocava essa frase com letras brancas em uma tela preta e um ruído estranho. As opiniões geradas assim como os resultados foram bem variados. Alguns como o meu professor achou interessantíssima a iniciativa, em contrapartida encontrei em vários blogs e fóruns frases do tipo: “Se eu liguei a televisão é porque quero assistir a programação, não ler um livro.” E quanto a resultados, de acordo com o Estadão 14% do público alvo do canal realmente seguiu o conselho.

        E agora eu encontrei uma pesquisa realizada pela CBL que informa que os brasileiros lêem em média 1,8 livros por Ano. Muito abaixo dos EUA com média de 5 livros, e da França com 7,5 livros/ano por habitante. E vale ainda salientar que dentro dessa média do Brasil 50% são estudantes, e só lêem os livros recomendados pela escola. É no mínimo constrangedor. E olha que tô contribuindo bem pra esse número ser alto, sozinha tenho média de 20 livros por ano, e pretendo só aumentar (só nao o fiz ainda por falta de tempo).

        Não estou aqui pra dar conselho, se conselho fosse bom não se dava, vendia. Nem pra forçar ninguém a desligar a TV ou o computador. Mas Alooou.. ler é bom Demais! Você já experimentou?? Exercita a mente e a criatividade. Te faz pensar realmente. E temos sim que nos alertar com esses dados. O Brasil tem crescido e se desenvolvido bastante, porém não vamos chegar a lugar nenhum sem conhecimento.

        Agora eu sinceramente me pergunto, por que será que os brasileiros lêem tão pouco? Seria a baixa renda, os preços altos dos livros? A preguiça e a comodidade? Ou a falta de cultura da nação de um modo geral? Fica no ar.

A figura abaixo é parte de uma campanha publicitária, obviamente de uma rede de livrarias: Steimatzky. Mas eu achei genial.

Livro: A Hora da Estrela


A Hora da Estrela
Autor: Lispector, Clarice
Editora: Rocco
Categoria: Literatura Nacional / Romance


Sinopse
        A história da nordestina Macabéa é contada passo a passo por seu autor, o escritor Rodrigo S.M. (um alter-ego de Clarice Lispector), de um modo que os leitores acompanhem o seu processo de criação. À medida que mostra esta alagoana, órfã de pai e mãe, criada por uma tia, desprovida de qualquer encanto, incapaz de comunicar-se com os outros, ele conhece um pouco mais sua própria identidade. A descrição do dia-a-dia de Macabéa na cidade do Rio de Janeiro como datilógrafa, o namoro com Olímpico de Jesus, seu relacionamento com o patrão e com a colega Glória e o encontro final com a cartomante estão sempre acompanhados por convites constantes ao leitor para ver com o autor de que matéria é feita a vida de um ser humano.


Jornalista — Por que você escreve?
Clarice L. — Vou lhe responder com outra pergunta: — Por que você bebe água?
J. — Por que bebo água? Porque tenho sede.
C.L. — Quer dizer que você bebe água para não morrer. Pois eu também: escrevo para me manter viva.



        O que falar de uma obra de Clarice Lispector sem exalar ignorância? É um clássico da literatura brasileira (ponto). Uma obra muito valorizada, pedida certa na maioria dos vestibulares. E entre milhões de artigos lidos sobre o assunto a opinião é unânime: “Livro mais surpreendente que escreveu.” – José Castello, “Obra fundamental” - Manoel Freire Rodrigues, e dos leitores desconhecidos “melhor livro que já li na vida”, “Fantástico! Uma verdadeira obra de arte”, “Clarice acertou em cheio.”, “E tem como não gostar desse livro fabuloso?” e etc..

        M-a-s, farei jus ao atributo que minha mãe sempre aponta em mim. Vou ser do contra!! Sou admiradora de Clarice Lispector, seus contos sempre me fascinaram, acho que é possuidora de uma genialidade que não cabe dentro de si. Porém essa obra, não mexeu comigo. Acho que foge das características da autora. Deprimente e sem graça. Definitivamente não me prendeu.

        Tentei pôr em conta as circunstâncias físicas dela e históricas da época em que ela escreveu a história, com câncer e vivendo as conseqüências do final da ditadura militar. Sob pressão dos críticos para se engajar em uma luta política e social. E quanto a isso eu não posso negar, o livro possui um valor solidário imenso.

        Não tenho bons argumentos para dar, simplesmente não gostei. Me irritou a alienação e pureza exagerada de Macabéa e a indecisão do narrador. Mas antes que me apedrejem, eu não estou aqui para influenciar ninguém com a minha opinião. Até porque, convenhamos, é Clarice Lispector. Só lendo.

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quinta-feira, 8 de abril de 2010

Lançamentos de Livros no Brasil em 2010

Passei a vassourinha em uns sites de editoras e afins e descobri a previsão de alguns lançamentos esperadíssimos para 2010. É só conferir, agendar e esperar para correr para as livrarias.



Abril
O Último patriota - Brad Thor
Feios - Scott Westerfeld
Dexter no Escuro - Jeff Lindsay
Vampire Academy: Aura Negra - Richelle Mead
Rangers- A Ordem dos Arqueiros: Feiticeiro do Norte - John Flanagan
Cabeça de Vento - Meg Cabot
Noite Eterna - Cláudia Gray
The 39 Clues: The Emperor’s Code - Gordon Korman
Como falar com um viúvo - Jonathan Tropper

Maio
Terra em Chamas - Bernard Cornwell,
The House of Night: Hunted - P.C. Cast e Kristin Cast
Lua Azul – Os Imortais - Alyson Noël
Como Treinar o Seu Dragão: Como ser um pirata - Cressida Cowel
Caçadora de Estrelas - Cláudia Gray

Junho
The Short Second Life of Bree Tanner: An Eclipse Novella - Stephenie Meyer
Diários do Vampiro: Reunião Sombria - L. J. Smith
Dream Watchers: Wake - Lisa McMann
O Último Olimpiano - Rick Riordan

Julho
Tongues of Serpents - Naomi Novik

Agosto
The House of Night: Tempted - P.C. Cast e Kristin Cast

Setembro
The Clockwork Angel - Cassandra Clare

Outubro
Fallen - Lauren Kate

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Livro: O Monge e o Executivo


O Monge e o Executivo - Uma História Sobre a Essência da Liderança
Autor: Hunter, James C.
Editora: Sextante / Gmt
Categoria: Administração / Auto-ajuda


Sinopse:
       Você está convidado a juntar-se a um grupo que durante uma semana vai estudar com um dos maiores especialistas em liderança dos Estados Unidos. Leonard Hoffman, um famoso empresário que abandonou sua brilhante carreira para se tornar monge em um mosteiro beneditino, é o personagem central desta envolvente história criada por James C. Hunter para ensinar de forma clara e agradável os princípios fundamentais dos verdadeiros líderes. Se você tem dificuldade em fazer com que sua equipe dê o melhor de si no trabalho e gostaria de se relacionar melhor com sua família e seus amigos, vai encontrar neste livro personagens, idéias e discussões que vão abrir um novo horizonte em sua forma de lidar com os outros. É impossível ler este livro sem sair transformado. "O Monge e o Executivo é, sobretudo, uma lição sobre como se tornar uma pessoa melhor.

Estar no poder é como ser uma dama.
Se tiver que lembrar às pessoas que você é, você não é.
MARGARET THATCHER

      Não é à toa que este livro se tornou um dos maiores best sellers da atualidade, com mais de 03 milhões de cópias vendidas no Brasil e traduzido em 11 idiomas. Ele é perfeito.
       Eu já havia lido essa obra de James Hunter há alguns anos atrás e resolvi reler agora cursando a faculdade de administração. E afirmo sem sombra de dúvidas que ele é indispensável a todos que exercem qualquer tipo de liderança. Seja ela formal, como em uma empresa, no exército, ou em casa, na comunidade. Porque sim sempre estamos desempenhando um papel de líder, quer percebamos isso ou não. Você lidera sua família, sendo um pai, uma mãe, lidera irmãos mais novos, lidera colegas na escola e etc.
       Normalmente lemos livros de auto-ajuda pensando em o quão bonito aquilo tudo é na teoria e o quão impossível é aplicar aquilo na prática. Inclusive é isso o que um dos personagens tenta provar a maior parte do tempo. Por essas e outras, eu não enxergo O Monge e o Executivo com um livro de auto-ajuda. Para mim é uma apostila, um tutorial, que deve sim ser aprendido e praticado.
nbsp;       Não é moleza, realmente, mas quem disse que liderar é fácil?
       Como no epílogo: Esse é apenas o primeiro passo em uma nova jornada.

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terça-feira, 6 de abril de 2010

Livro: A Menina que roubava Livros


A Menina que Roubava Livros
Autor: Zusak, Markus
Editora: Intrínseca
Categoria: Literatura Estrangeira / Romance

Sinopse:
         “Entre 1939 e 1943, Liesel Meminger encontrou a Morte três vezes. E saiu suficientemente viva das três ocasiões para que a própria, de tão impressionada, decidisse nos contar sua história, em "A Menina que Roubava Livros", livro há mais de um ano na lista dos mais vendidos do "The New York Times".
         Desde o início da vida de Liesel na rua Himmel, numa área pobre de Molching, cidade desenxabida próxima a Munique, ela precisou achar formas de se convencer do sentido da sua existência. Horas depois de ver seu irmão morrer no colo da mãe, a menina foi largada para sempre aos cuidados de Hans e Rosa Hubermann, um pintor desempregado e uma dona de casa rabugenta. Ao entrar na nova casa, trazia escondido na mala um livro, "O Manual do Coveiro". Num momento de distração, o rapaz que enterrara seu irmão o deixara cair na neve. Foi o primeiro de vários livros que Liesel roubaria ao longo dos quatro anos seguintes.
         E foram estes livros que nortearam a vida de Liesel naquele tempo, quando a Alemanha era transformada diariamente pela guerra, dando trabalho dobrado à Morte. O gosto de roubá-los deu à menina uma alcunha e uma ocupação; a sede de conhecimento deu-lhe um propósito. E as palavras que Liesel encontrou em suas páginas e destacou delas seriam mais tarde aplicadas ao contexto a sua própria vida, sempre com a assistência de Hans, acordeonista amador e amável, e Max Vanderburg, o judeu do porão, o amigo quase invisível de quem ela prometera jamais falar.
         Há outros personagens fundamentais na história de Liesel, como Rudy Steiner, seu melhor amigo e o namorado que ela nunca teve, ou a mulher do prefeito, sua melhor amiga que ela demorou a perceber como tal. Mas só quem está ao seu lado sempre e testemunha a dor e a poesia da época em que Liesel Meminger teve sua vida salva diariamente pelas palavras, é a nossa narradora. Um dia todos irão conhecê-la. Mas ter a sua história contada por ela é para poucos. Tem que valer a pena.”


Quando a morte conta uma história, você deve parar para ler.


        Quando vi esse livro na prateleira da livraria, de cara me identifiquei com ele. “A menina que roubava livros”, eu logo disse: - essa é das minhas. Claro que nunca roubei nenhum livro, (tirando um que peguei emprestado e disse que nunca mais devolveria. Mas eu avisei), contudo não roubei nenhum não por falta de vontade, e sim porque desde pequenininha minha mãe me ensinou que é feio, antiético, imoral e crime. Mas que atire a primeira pedra o viciado que nunca sentiu a mãozinha coçar em segurar um exemplar que tanto queria.
        Bem, deixando nossos “desejos furtivos” de lado, o que interessa é que o título da obra é só 1/10 do que é retratado nela por Markus Zusak.
        Ganhei esse livro no natal de 2008 e só consegui terminar de ler em janeiro de 2010. E se tratando de mim é realmente de impressionar. Normalmente acabo um livro com aquela média de folhas em um mês aproximadamente. O que acontece é que não sou nenhuma crítica, não leio de forma racional e analítica, sou só uma leitora que se envolve profundamente com o conto. E o que encontrei foi uma história que emociona verdadeiramente e chega a ser pesado. Porém, realmente vale a pena ser lido, que seja em um ano, dois, ou para os mais fortes, em menos tempo. Mas não se envolver é impossível.
        Na verdade não é difícil entender o motivo. Markus é ousado e brilhante, ao falar de uma das épocas mais dolorosas vividas pela humanidade, o Nazismo da Alemanha do ideário de Hitler, visto pelos olhos de uma garotinha.
        Ele mistura dor e poesia, em uma linguagem simples, mas charmosa, com uma dose enorme de sarcasmo bem próprio da narradora – a morte.


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segunda-feira, 5 de abril de 2010

Livro: Dez Dias de Cortiço



Dez Dias de Cortiço

Coleção Descobrindo os Clássicos
Autor: Jaf, Ivan
Editora: Atica
Categoria: Literatura Infanto-Juvenil / Literatura Juvenil

Sinopse
        “Logo depois de completar 50 anos, Eduardo, entediado editor de um grande jornal carioca, entra em crise e abandona tudo para realizar um sonho de juventude - escrever um livro-reportagem a partir do romance O cortiço, de Aluísio Azevedo. Aluga por dez dias o apartamento de um dos porteiros do prédio onde mora, levando seu filho Sérgio. No prédio, Sérgio conhece uma realidade social diferente da sua e se aproxima do pai, praticamente um estranho até então. Eduardo, por sua vez, redescobre um idealismo que há muito lhe parecia perdido.”

        O livro de Ivan Jaf é uma releitura da obra O Cortiço, do escritor naturalista Aloísio de Azevedo. Tem uma linguagem leve, contemporânea, e até divertida. Ideal para os adolescentes que sentem dificuldades para ler. Uma lição de vida.
        Jaf faz um retrato fiel da realidade brasileira nos dias de hoje, mostrando que assim como na época de Aloísio, a diferença econômica e social ainda são enormes e que a maioria das pessoas vivem alienadas, sem conhecimento da situação.

Resumo:
        “ Você já se imaginou morando num prédio com cinquenta apartamentos por andar, quinze andares, mais de setecentos "casulos" no total, somando cerca de duas mil e quinhentas pessoas ? Gente de toda a sorte : aposentados, manicures, quiromantes, desempregados, enfim, brasileiros de baixa renda, comprimidos do mesmo espaço, partilhando intimidades, respirando o mesmo ar.
        Pois é exatamente nesse aperto que se metem Eduardo, ex-editor de um grande jornal carioca, e seu filho Sérgio, típico adolescente mauricinho, um tanto mimado pela família e cego para determinados aspectos da realidade brasileira.
        Eduardo - o pai cinquentão, em plena "crise de meia-idade" - quer abrir mão do status profissional e da estabilidade econômica, arduamente conquistados, para retomar um sonho de juventude: escrever um livro-reportagem atualizando o livro O Cortiço, de Aloísio Azevedo. Isto é: imaginando como o autor naturalista escreveria hoje sua obra de maior sucesso.
        A fim de realizar seu projeto, aluga por dez dias o apartamento de um dos porteiros do prédio em que mora. Resolve se mudar para o que vê como um cortiço moderno e experimentar in loco a vida em condições precárias de moradia.
        De outro lado, o jovem Sérgio, mesmo tentando se esquivar de todas as maneiras, vê-se impelido a acompanhar o pai. No prédio de conjugados, ele não apenas conhece uma realidade social muito diferente da sua como também se aproxima do pai e conquista novos amigos. É o caso de Matias, um velho pescador que vive repetindo frases espirituosas, mostra viva da sabedoria popular, e dos integrantes de uma banda de forró. De quebra, apaixona-se por Ana e, principalmente, descobre, graças ao envolvimento com a leitura e ao trabalho sobre O Cortiço, a vida vazia que levara até então.
        Dez dias de cortiço compõe um retrato da vida injusta nos grandes centros, marcada pela segregação urbana e pela exploração incessante dos mais desfavorecidos. À luz do diagnóstico feito por Aluísio Azevedo há mais de um século, o leitor talvez se assuste com a permanência de problemas que assombram a sociedade brasileira há muito tempo.”


Ps.: O download deste livro ainda não foi autorizado pelo autor.

terça-feira, 30 de março de 2010

Livro: Eclipse


Eclipse
Autor: Meyer, Stephenie
Editora: Intrinseca
Categoria: Literatura Estrangeira / Romance

Sinopse
Havia algo que Edward não queria que eu soubesse. Algo que Jacob não teria escondido de mim. Algo que pôs tanto os Cullen quanto os lobos no bosque, movendo-se juntos numa proximidade perigosa. (…) Algo que eu, de algum modo, esperava. Que eu sabia que aconteceria de novo, tanto quanto desejava que jamais acontecesse. Nunca teria um fim, teria?"
Enquanto Seattle é assolada por uma sequencia de assassinatos misteriosos e uma vampira maligna continua em sua busca por vingança, Bella está cercada de outros perigos. Em meio a isso, ela é forçada a escolher entre seu amor por Edward e sua amizade com Jacob - uma opção que tem o potencial para reacender o conflito perene entre vampiros e lobisomens. Com a proximidade da formatura, Bella vive mais um dilema: vida ou morte. Mas o que representará cada uma dessas escolhas?


Para quem já leu Crepúsculo e Lua Nova e desejou intensamente a continuação, Eclipse não decepcionou. Para mim, o melhor da saga.
Não vou voltar á ladainha de tipo de obra e público alvo desta obra em questão porque já estou ficando pedante, se continuar assim, até o livro Amanhecer já vão ter me jogado tomates.
Espero conseguir falar deste abertamente, e que fique claro a falta de necessidade de auto-afirmação por gostar de categorias fora de “padrões”. E cá estou eu voltando no assunto o_O. É porque houveram acusações desfundamentadas que me tiraram do sério.
Ao que importa, Meyer lança mais um campeão de vendas. Uma estória que aumenta o suspense apesar de ser esclarecedora. Eclipse apresenta mais humor que seus antecedentes (talvez o fato que me conquistou).
Não preciso nem dizer que vale a pena ler, porque os que já acompanham estão vidrados e com certeza continuarão lendo.



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sábado, 27 de março de 2010

Livro: Crepúsculo

Crepúsculo
Autor: Meyer, Stephenie
Editora: Intrínseca
Categoria: Literatura Estrangeira / Romance


Sinopse
Quando Isabella Swan se muda para a melancólica cidade de forks e conhece o misterioso e atraente Edward Cullen, sua vida dá uma guinada emocionante e apavorante. Com corpo de atleta, olhos dourados, voz hipnótica e dons sobrenaturais, Edward é ao mesmo tempo irresistível e impenetrável. Até então, ele tem conseguido ocultar sua verdadeira identidade, mas Bella está decidida a descobrir seu segredo sombrio.




     Ô livrinho que dá audiência, segundo o jornal “USA Today”, ele é o livro mais vendido da década, só em 2009 foram mais 22 milhões de exemplares.
      Será á toa?
      Eu gostei do livro, e assumo. Já recebi milhares de críticas do tipo, “nossa mais esse livrinho de adolescente” ou “Justo você, que gosta de Machado de Assis, Jane Austen, Shakespeare”, mas onde está escrito que um anula o outro?! São literaturas completamente diferentes, e cada uma tem seu encanto e seu lugar.
      Olha, e tem mais, eu gostei m-e-s-m-o do livro, é envolvente, capaz de criar conexões emocionais com a pessoa, repleto de sensualidade e mistério.
      Vivemos afirmando que ler é viajar, dar asas á imaginação, e não há nenhuma regra que implica em pegarmos sempre o mesmo trem.
      Obras com imensas cargas culturais sempre terão seu lugar, são importantes e necessárias, mas pode dar uma escapadinha sem medo e se deixar levar por ficções carregadas de futilidades porque não é pecado.
      Me diverti, me emocionei, e quero mais.

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ps.: o livro está compactado para baixar mais rápido, precisa do programa Winrar, para quem não possui clique aqui para baixar o programa.

Livro: Lua Nova

Lua Nova
Autor: Meyer, Stephenie
Editora: Intrínseca
Categoria: Literatura Estrangeira / Romance

Sinopse
Para Bella Swan, há uma coisa mais importante do que a própria vida: Edward Cullen. Mas estar apaixonada por um vampiro é ainda mais perigoso do que ela poderia ter imaginado. Edward já resgatara Bella das garras de um monstro cruel, mas agora, quando o relacionamento ousado do casal ameaça tudo o que lhes é próximo e querido, eles percebem que seus problemas podem estar apenas começando...
Legiões de leitores que ficaram em transe com o best-seller "Crepúsculo" estão ávidos pela seqüência da história de amor de Bella e Edward. Em "Lua nova", Stephenie Meyer nos dá outra combinação irresistível de romance e suspense com um toque sobrenatural. Apaixonante e cheia de reviravoltas surpreendentes, essa saga de amor e vampiros segue rumo à imortalidade literária.


Em seqüência ao que escrevi sobre o Crepúsculo, Lua Nova chega fazendo bem o seu papel, também entra para a lista de mais vendidos, também causa efeitos, também gera discussões, e controvérsias.
Achei bom, para um segundo livro, que quem entende de livros em series sabe que normalmente o segundo é o mais difícil de escrever, me corrijam se estiver errada. O segundo livro é o elo entre os demais, o que pode consagrar e também pode destruir. Em minha opinião é o mais complicado porque você acaba de despejar toda sua criatividade no primeiro e precisa colocar neste um desfecho que manterá seus leitores.
Stephenie Meyer o fez. Seu inicio não me cativou, achei dramático e melancólico ao extremo, e cheguei a ficar sem muita expectativa, mas foi melhorando gradualmente e terminou á moda da casa, nos deixando ainda mais ligados.
Fugindo um pouco ao enredo e pensando na literatura: Não abram o livro e não tentem ler aqueles que procuraram uma excelentíssima e bem escrita obra clássica, ele definitivamente não é. O considerei um ótimo livro?? Sim, dentro daquilo que lhe foi designado cumprir, é um livro que tem como público alvo os adolescentes. Então vejo intelectualóides caírem em críticas e menosprezarem a série, pelo seu linguajar simples e suas estórias de baixa cultura. Fala sério, não são livros para vestibular, não são livros técnicos, não foi escrito por um grande pensador. Falar mal de uma obra (às vezes sem ao menos ler) porque não conseguem descer da sua superioridade e compreender diferentes obras, pra mim, ao contrário do que eles tentam provar é dar atestado de burrice, grande incompetência. Não é pra comparar. Este é uma ficção, um romance escrito para adolescentes. O intuito não é encher de cultura cabecinhas desmioladas, é divertir. Pra mim o melhor ele já está fazendo, milhares de menininhas e menininhos deixando de lado um pouco a TV, o videogame e etc para ler. Quem sabe eles não tomam gosto pela coisa, aprendem com esse “esdrúxulo” livro como os intelecs estão o qualificando que ler é bom, e se tornam adultos leitores funcionais.
Não sou mais nenhuma adolescente, 24 aninhos nas costas, mas me propus a ler com a visão de uma e me surpreendi. Realmente fascinante.

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sexta-feira, 12 de março de 2010

Opinião sobre baixar de livros da web

Esse é um assunto bastante controverso, que tem gerado inclusive polêmicas. A disponibilização de livros na web é ou não uma coisa ruim para a literatura? Ou mais, até onde isso é legal?
Pode-se ver claramente que hoje há um número significativo em diversos sites e blogs (me inclua), que disponibilizam livros para o download os chamados e-books, entre eles livros escolares e técnicos. Porém sempre fica a dúvida no ar, se isso é mais uma ferramenta de divulgação ou se coloca em xeque a estrutura tradicional da literatura.
De antemão, procurei entender o porquê do surgimento dessa nova mania:
- O maior motivo ainda continua sendo o financeiro, na internet se tem de graça o que às vezes é preciso pagar caro para ter.
- Outro motivo é a dificuldade de encontrar uma obra específica, enquanto não se acha em livrarias e sebos, a facilidade de encontrá-los na web é imensa.
Quanto à legalidade da coisa, alguns entendidos afirmam que se o uso não for relacionado á geração de receita, isto é, for somente para uso próprio e não pra venda, não há problema. Também existem disponíveis vários títulos sob domínio público (que não possuem mais ou nunca possuíram direitos autorais, e pode ser utilizado por toda população).

E o que eu acho disso tudo? Acho que não há motivos para pré-ocupações, a internet é só mais uma ferramenta, e há espaço para tudo.
As pessoas como eu que se dispõe a ler um livro desconfortavelmente sentados na frente de uma tela luminosa que fazem os olhos arderem, é porque realmente se importam e gostam de ler, e está lendo dessa forma por não ter possibilidade á alternativas. Bem, sei que não é uma regra, talvez haja pessoas que não valorizam e lêem assim mesmo, mas acredito que a grande maioria pensa e age como eu.
- Leio no computador quando não posso comprar, e não quero esperar. Mas como sou vidrada com livros, assim que tenho a oportunidade eu compro.
- Leio no computador para ver se o livro é bom. Quando é assim, só termino de ler pela tela se o livro for ruim (ou desisto dependendo do quão ruim for), se for bom eu compro e deixo pra terminar de ler com ele em mãos.
Acho ainda que iniciativas de qualquer espécie que tenham como propósito divulgar uma coisa boa como ler deveria ser apoiada da melhor maneira possível. Porque é de cultura e conhecimento que esse país ainda é carente.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Livro: Marley e Eu


Marley & Eu - Vida e Amor ao Lado do Pior Cão do Mundo
Autor: Grogan, John
Editora: Prestigio
Categoria: Não-ficção/ Romance

Sinopse
Você irá rir, se emocionar e se surpreender com este livro. John Grogan sabe que as jornadas que pessoas e cachorros enfrentam juntos são um reflexo de nossa própria humanidade e das alegrias e tristezas, dos altos e baixos de nossas vidas. Marley é um grande e inesquecível cão, e nas mãos de um escritor observador, realista e objetivo como Grogan, esta é uma jornada ao mesmo tempo humana e canina que os amantes de cães adorarão viver. O livro é uma lição de amor incondicional.


Não foi amor a primeira vista, eu confesso. Quando li o título do livro, a primeira coisa que passou na minha cabeça foi, o que poderia me interessar na vida de um cachorro?
Enganei-me. A vida do labrador Marley é profundamente cativante. Segue perfeitamente o que a sinopse diz: divertido, emocionante e surpreendente, uma lindíssima obra. John Grogan busca do nosso íntimo sentimentos que nós mesmos desconhecíamos ter.
Infelizmente não pude ler ainda até o final, tive que viajar e devolver o exemplar ao seu dono, cheguei a passar um pouco da metade. E assisti ao filme, que nunca é tão bom quanto a história escrita, mas me fez chorar como criança. Acabarei de ler assim que tiver oportunidade.
Este livro te envolve de tal maneira, que é impossível escapar.


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O começo

        
        Folha em branco, caneta ops teclas nas mãos.
Dizem que primeiro post a gente nunca esquece, mas será que é algo memorável pela emoção ou pelo trauma vivido?
Pois é, eis que chega a hora da minha primeira vez (de postar claro).

Me apresentando:
        Me chamo Flávia Graziela (o Graziela foi gracinha da minha mãe =/) Ferraz ... ! Tenho 24 anos, sou estudante do curso de administração, e sou bibliomaníaca. Leio sempre. Desde que aprendi.
Como viciada exemplar que sou, prefiro não estipular a mim mesma um gênero ou estilo, leio o que estiver ao meu alcance, de Revista Tititi e bula de remédio à shakespeare e Machado de Assis. Afinal, qualquer tipo de cultura é válido. Inclusive cultura inútil. Adoro compartilhar leitura, detesto emprestar meus livros. =)

“A paixão pelos livros é a mais benéfica das compulsões humanas. A bibliomania, o ‘furor de ler livros e de os ter’, como definiu d’Alembert, garante a quem por ela é acometido prazeres sutis e constantes...”

Apresentando os livros:
        O livro é a melhor companhia que se pode ter. Te distrai, te informa, te encanta. E você nem tem que retribuir.
        O melhor presente que se pode receber. Podem lhe tirar tudo que é precioso, mas ninguém é capaz de lhe tomar o conhecimento.
        A melhor viajem que se pode fazer. Não é necessário dinheiro, nem arrumar malas, não é preciso visto, passaporte, manutenção de carro, passagem de qualquer tipo. Não vai sentir saudades de casa, nem se distanciar das pessoas que deseja por perto. Não precisa faltar ao trabalho, nem matar aulas. Não precisa se arriscar. Para os livros não existem fronteiras. Você é livre pra ir a todos os lugares, conhecer tudo, e voltar quando quiser.

Apresentando o Blog:
        Percebendo que passava mais de meia parte do meu tempo livre, nas páginas do Google à procura de informações sobre livros, e nem sempre era bem sucedida, resolvi criar esse blog, que será utilizado para notícias, debates, críticas, informações e o que mais for conveniente na vida da literatura. Espero com ele ao menos facilitar a vida de muitos leitores desesperados como eu, reunindo informações úteis em um só lugar.

Espero que dê certo!


Então, até o segundo post. =)

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